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UNESCO duplica zona de Guimarães reconhecida como Património da Humanidade

O Comité do Património Mundial, reunido na Arábia Saudita, inscreveu a Zona de Couros na lista de Património Mundial da UNESCO. Ao Centro Histórico da cidade de Guimarães, 19,4 hectares, classificado em 2001, junta-se agora a zona das antigas manufaturas de curtumes, totalizando 38,4 hectares.

Universidade das Nações Unidas no Campus de Couros da Universidade do Minho. Foto: Rui Dias

Além da cidade intramuros, delimitada pelo perímetro da muralha medieval, já classificada pela UNESCO, desde 2001, Guimarães vê agora consagrado um território junto à ribeira de Couros, onde, até à década de 60 do século passado funcionam várias indústrias ligadas ao curtimento de peles. Todavia, há referências à manufatura de couros, naquela zona, desde a Idade Média, quando o casario que ali existia ficava fora de muros.

“O que hoje se vê em Couros resulta do desenvolvimento da indústria nos últimos 100-200 anos, sobrepondo-se, por exigências funcionais, produtivas, às preexistências”, pode ler-se na candidatura que Guimarães apresentou à UNESCO, onde se faz referência a documentos do século XII e ao testamento de Mumadona Dias (ano de 959).

A extensão da área classificada como Património da Humanidade para quase 40 hectares implica também o crescimento da área de proteção de 99,2 hectares para 129,3, desde a Veiga de Creixomil, a Oeste, até à encosta da Montanha da Penha.

Novo campus da UMinho

Na Zona de Couros tem-se vindo a instalar, nos últimos anos, uma série de infraestruturas e equipamentos: Pousada da Juventude, Universidade das Nações Unidas, Instituto de Design de Guimarães, Teatro Jordão (recuperado, em 2022). Até 2025, o Município e a Universidade do Minho esperam juntar a este lote o edifício dedicado aos cursos de Engenharia Aeroespacial e Ciência de Dados, nas instalações reabilitadas da Fábrica do Arquinho.

“Guimarães é uma cidade histórica feita futuro, que recupera e dá visibilidade ao seu valioso património, colocando-o à disposição de todos quantos habitam e visitam o território. A forma como Guimarães cuida do seu Património foi decisiva para esta distinção da Zona de Couros como Património Mundial, duplicando a área classificada, fazendo de Guimarães uma cidade referência no Património Mundial”, afirma o presidente da Câmara, Domingos Bragança, a propósito desta classificação.

Esta notícia foi publicada na edição online do Jornal de Notícias de 19 de setembro de 2021 e na edição em papel de 20 de setembro de 2023.