O homem que segura as rédeas do poder em Pequim foi violentamente forjado nas correntes mais dogmáticas do comunismo.
No inicio da década de sessenta do século passado, a China enfrentava um desastre económico e humano de dimensões bíblicas. As purgas de “direitistas” e a espiral de loucura fomentada pelo “Grande Salto em Frente”, deixaram o país nos braços da fome. Milhões de chineses morreram como resultado de uma política que pretendia fazer do país uma nação desenvolvida a passo acelerado. As estimativas mais conservadoras apontam para valores próximos dos 20 milhões de mortos.
A situação era tão crítica que, mesmo entre os mais próximos de Mao, começaram a ouvir-se vozes dissidentes. Por necessidade absoluta, a China mudou de rumo. A partir de 1962, os camponeses voltaram a poder cultivar as suas terras e o confisco de alimentos e outros artigos para exportação foi aliviado. Os gastos em armamento e na industrialização foram reduzidos e, como resultado destas medidas, a fome e a miséria deram alguns sinais de tréguas. [ler mais]