Se esta rubrica tivesse um título, esta semana seria, “A filha do guarda-noturno”. Porque é a história de vida da filha do guarda-noturno da Universidade do Minho, que hoje é professora associada da mesma universidade e eurodeputada, que aqui vou tentar contar. Tomaria a liberdade de escolher este título porque me parece que ele não iria causar constrangimentos na pessoa retratada, orgulhosa das suas origens humildes.
A pequena Isabel chegou a Vila Verde, com dois anos e meio, pela mão dos pais que regressaram de Angola, em 1975, na sequência da independência daquela ex-colónia. “Recordo que os meus pais nunca foram pessoas saudosistas. Nunca foram negativistas, era preciso olhar em frente. Foi isso que eles fizeram quando aqui chegaram com quase 40 anos”, recorda. [ler mais]