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Na feira, “há cada vez mais clientes a pedir” para pagar com o telemóvel

Brasileiros e jovens são os que mais pedem. Nas bancas, há feirantes que receiam as fraudes ou que não estão familiarizados com os meios digitais.

João Gonçalves, feirante. Foto: Miguel Pereira/ GI

Embora nem todos os feirantes já tenham aderido ao MB Way, na feira semanal de Guimarães não se encontra uma tenda onde este meio de pagamento ainda não tenha sido pedido pelos clientes. Os comerciantes que oferecem esta possibilidade são os que vendem artigos de maior valor: malas, lingerie, sapatos. Os brasileiros de todas as idades e os portugueses mais jovens compõem o perfil dos clientes que, segundo os feirantes, mais usam o MB Way.

João Gonçalves tem 48 anos, é feirante desde os 13 e tem uma banca própria de venda de calçado desde os 23. O MB Way passou a estar disponível na sua banca por influência do filho de 24 anos. “Foi o rapaz que me instalou a aplicação. Quando os clientes pedem, eu digo que temos, não se perde a venda, mas eu próprio nunca usei para fazer pagamentos”, confessa.

Francisco Pinto, feirante. Foto: Miguel Pereira/ GI

Francisco Pinto, de 52 anos, na sua tenda de venda de lingerie, assume uma postura mais cautelosa depois de duas más experiências. “Tivemos duas clientes que fizeram o pagamento, nós verificamos o recebimento na nossa conta e, passado um bocado, o movimento apareceu com o valor a negativo”, conta.

MB WAY só para clientes habituais

O vendedor de malas Dimas Ferreira, de 52 anos, reconhece que, embora não tenha MB Way, há cada vez mais gente a pedi-lo. “Só esta manhã, foram uns dez.” “Aqui é tudo a dinheirinho. Mando-os ali ao multibanco”, afirma, apontando para a máquina do outro lado da rua. “Não tenho dados móveis, por isso não é possível”, desculpa-se.

Carina Alves tem 52 anos e é feirante há 42. Ainda não tem MB Way na sua banca de venda de lingerie, contudo reconhece que começa a ser um problema. “Principalmente na feira de Braga e na de Canidelo, em Vila Nova de Gaia. São os brasileiros, principalmente, e as pessoas mais jovens, que só querem MB Way”, refere.

Para João Gonçalves, que ainda faz um uso pouco intenso do serviço, as limitações do sistema – 50 transferências ou 2500 euros de envios e receções mensais – não são um problema.

Esta reportagem foi publicada nas edições em papel e online do Jornal de Notícias de 18 de outubro de 2023.