Ângela Glória é a psicóloga responsável, na Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais (ADCL), pela nova resposta social de Acolhimento Familiar de Crianças e Jovens. A associação, com sede em Creixomil, Guimarães, acaba de estabelecer um acordo com a Segurança Social para colaborar na identificação de famílias de acolhimento que apresentem características que melhor correspondam às necessidades específicas de cada criança ou jovem e processar os processos de candidatura.
A quem se destina a medida de proteção de Acolhimento Familiar? É sempre para jovens ou pode ser para outras pessoas?
Esta resposta destina-se a crianças e jovens em situação de perigo, que tenham determinada uma medida de promoção e proteção com esta resposta. Trata-se da colocação da criança ou jovem num meio familiar afetuoso e seguro, que garanta o seu pleno desenvolvimento.
O acolhimento familiar destina-se a crianças e jovens dos zero aos 18 anos. A lei prevê a priorização do acolhimento de crianças até aos seis anos.
Os estudos demonstram que é neste período que se estabelecem laços de vinculação, que se pretendem seguros. Ao ser acolhida num ambiente familiar estável, terá oportunidade de se desenvolver de forma saudável, harmoniosa e plena. É nos primeiros anos da nossa vida que se estabelecem as bases para o desenvolvimento emocional, moral e intelectual. Não quero com isto dizer que nos anos seguintes as crianças ou jovens não o farão, somente existe uma probabilidade de sucesso que se vai reduzindo como passar dos anos.[ler mais]